Eu sei que deixei muita gente na mão no último capítulo, mas voltei pra fazer a alegria geral da nação!
Esse é um daqueles capítulos que você tem vontade de matar a autora, que não faz nada em relação ao casal maravilhoso da história. P-E-L-O C-O-N-T-R-Á-R-I-O! Só nos faz mais aflitos... Quem quiser o endereço da autora, eu passo! HA-HA
Capítulo 16~
O dia de sua partida pareceu chegar rápido demais. Segundo ele, Theo
viria e ele iria, ao mesmo tempo praticamente. Regras do programa de
intercâmbio deles.
Meu irmão e eu não éramos muito próximos, creio que seja normal. Saber
que ele voltaria não me causava muita empolgação, mas me lembrava de que Junsu
não se importava comigo e sim com o curso e o intercâmbio, e poderia ser melhor
solução.
No dia de sua partida, minha mãe praticamente me forçou (secretamente) a
acompanha-los até o aeroporto. Não era fácil pra mim, porém fui.
Chegando lá, tentamos agir o mais naturalmente possível (o que era quase
impossível). Ele vestia calça branca, camisa manga curta roxa e seus sapatos
sider de quando chegara. Seus cabelos espetados completavam o que eu chamaria
de “homem perfeito de meus sonhos mais distantes”. Ele sorria o tempo todo, mas
eu percebia que em seu olhar havia tristeza, mesmo assim ele continuava
sorrindo daquele jeito encantador que só vi nele. Antes de embarcar, abraçou
demoradamente cada um de nós. Me abraçou tão forte que pude sentir o
enrijecimento de seus músculos. Seu cheiro era tão bom que eu poderia ficar ali
para sempre, mas sabia que não seria capaz e que nem deveria alimentar nada por
um abraço, todos foram abraçados, afinal.
E então o vi partir. Segurei as lágrimas até chegar em casa, quando me
tranquei no quarto. Era quase hora do jantar e eu ainda não saíra do meu
refúgio. Peguei todas suas cartas e as reli várias vezes e peguei a minha entre
elas segurei tristemente sem tirar do envelope.
Sai pouco tempo depois, por insistência da minha mãe para jantar,
voltando em seguida.
Antes de dormir, liguei para Lizy. Precisava de alguém pra conversar e ela
era a única pessoa a quem eu podia confiar meus segredos mais sórdidos e minhas
lágrimas também. Passamos a noite toda ao telefone. Contei a ela tudo o que
acontecera e ela me disse que eu poderia estar equivocada quanto minhas
interpretações. Não, na verdade ela tinha certeza disso e sabia também que,
segundo ela, se estivesse comigo, eu teria me confessado ao invés de dizer
aquelas baboseiras. Talvez fosse mesmo verdade, mas não havia nada que ela
pudesse fazer para mudar isso. Sério, não havia.
Quando desligamos era quase hora de levantar, no entanto eu não iria
trabalhar naquele dia; era luto. Do que? Do meu coração que estava partido em
pedacinhos bem pequenos.
Sim. Isso é só um grande drama, só não a parte de que não iria
trabalhar. Liguei para minha chefe e disse que não iria por não estar bem e
também não iria ao hospital, portanto se quisesse descontar, ficasse a vontade.
Tchau.
Fiquei deitada ainda acordada após o amanhecer. Um bom tempo até
adormecer e esquecer tudo aquilo.
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