Que ótima blogueira eu sou. M-E A-M-E-M!
Capítulo 15~
As semanas foram passando rapidamente após o incidente. Mantive a carta
junto as outras enviadas por ele na gaveta do meu criado (trancadas) e após ela
não recebi nenhuma outra. Mesmo depois de minhas palavras, esperava que pelo
menos me respondesse. Sei que isso sim é infantil, porém eu o faria.
Provavelmente ele me achara ridícula ou algo assim, ou então decidiu que
realmente acabaria com minhas esperanças ou sei lá, são tantas possibilidades
que até me dói pensar em todas. Enfim, o fato é que depois disso, as coisas
voltaram a ser como antes de Junsu chegar. A diferença era exatamente ele, meu
vizinho de quarto que fazia o coração acelerar e abaixava a cabeça todas as
vezes que nos encontrávamos dentro de casa.
Um mês e meio após tudo isso, em um momento de descuido, Junsu largou a
porta semiaberta, o que me permitiu ouvi-lo ao telefone. Ele falava em coreano
e parecia decepcionado com o que, o alguém do outro lado da linha, falava. Sei
que isso não se faz e eu mesma não costumo fazê-lo, mas fiquei lá ouvindo. Após
alguns minutos, desligou o celular chateado e fez outra ligação e dessa vez em
inglês.
Certo, meu inglês não é muito bom, mas entendi que ele falava com Theo,
meu irmão. Falava sobre injustiça ou não querer voltar. Torci para estar errada
em minhas interpretações, voltando para o quarto em seguida.
Após um tempo ele saiu do quarto indo direto ao banheiro. Fiquei
prestando atenção, esperando que em algum momento ele fosse lá falar comigo,
mas ele não foi. Então ouvi minha mãe perguntar:
- É sério isso? – Seu tom de voz era de chateada.
- Sim senhora. Em breve.
- Não houve negociação?
- Nem a possibilidade de uma. – Junsu parecia triste e temi que eu
estivesse correta. E então ele confirmou: - Theo quer voltar. Disse que não
aguenta mais ficar longe de casa e prefere manter o curso a distância e ir pra
lá após um tempo e ficar apenas uns meses novamente. – Deu um suspiro. E
acrescentou: - Infelizmente.
Suas palavras me atingiram em cheio como flechas ao alvo. O alvo era meu
coração. Contive as lágrimas e a vontade de correr e pedir que não se fosse.
Seria ridículo, eu pensava, já que ele não se importava com meus sentimentos,
por isso, agarrei as pernas e enterrei a cabeça entre os joelhos. Então liberei
as lágrimas, que jorraram sem dó.
Primeiro capítulo aqui!
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