Eu sei que eu falei que ia publicar um capítulo por dia, mas por motivos de postagens urgentes (Como a notícia do teatro do Naruto, por exemplo), teve que ser adiada.
O que importa é que o segundo capítulo chegou, acabando de sair do forno.
Espero que gostem!
Capítulo 2
A bagagem do novo morador foi deixada no quarto do meu irmão, grudado no
meu.
Assim que entro pela porta da sala esquivando-se de mim, seu perfume
suave me embriagou. Após deixá-lo por lá e me trancar novamente em meu refúgio
vulgo quarto, não consegui tirá-lo do meu pensamento. Entretanto decidi que era
algo de momento, uma coisa nova, afinal há muito alguém não me olhava com
ternura nem, muito menos, sorria para mim. Por isso estava disposta a esquecer
isso e tratá-lo como meu irmão e também minha família, indiferença. Era assim
que tentava minimizar minha dor interior.
No dia seguinte teria uma prova na faculdade e também seria a entrega e
seminário de um trabalho no qual estava empenhada há um mês, por isso fui até a
escrivaninha finalizá-lo para iniciar meu estudo intensivo.
As horas não foram muito amigas, passaram correndo por mim me deixando
zonza no meio do caminho. Mal terminei o trabalho já era hora do almoço. Não
era minha hora preferida, na verdade, há muito o fim de semana não era meu dia
preferido.
- O almoço está servido! – Minha mãe gritou da sala para toda a casa (e
vizinhos, provavelmente).
Organizei minha mesa e saí, tentando não me importar com o que o rapaz,
ainda sem nome, pensaria de minha roupa nada elegante ou sofisticada, mesmo que
me sentisse envergonhada eu ignoraria até o fim.
A mesa estava posta a moda “granfina”, não estava acostumada com aquilo,
mas eu seria capaz de fingir um teatro e portar tal como, afinal, era isso o
que meus pais fariam. Não éramos de uma classe alta mas também chegávamos a
menor de todas, estávamos mais na classe de “sobrevivência”, e nossas refeições
nunca ocorriam na mesa, era cada um por si e Deus por todos.
Sentei-me na cadeira ao lado da cabeceira e me servi de um pouco de
arroz, feijão, acompanhamentos e salada, estava quase sem fome. O rapaz chegou
um pouco atrasado, cheirava a sabonete e shampoo e seus cabelos estavam
molhados e desalinhados. Ele sentou-se na cadeira ao meu lado parecendo um
pouco empolgado, eu diria até mais empolgado do que eu esperava. Baixei o rosto
para o prato tentando esconder o rubor em minhas bochechas.
Eles conversavam na maior parte em inglês, pois o português dele era
terrível. Ignoravam minha presença que por uma parte parecia bom.
O almoço pareceu demorar uma eternidade, saí antes que terminassem
ignorando-os tanto quanto faziam comigo. Pareceram nem notar, a conversa
prosseguiu por mais um longo tempo, mesmo após a retirada dos pratos.
Passei o resto da tarde tentando manter tudo o que aprendera e o que
estava aprendendo fresquinho na mente. Eu gostava que minhas notas fossem as
melhores, mas não por que me cobravam isso de alguma forma, era por mim mesmo,
eu queria me sentir capaz. No entanto foi bem difícil me concentrar nas
fórmulas e regras naquela tarde, meu pensamento se mantinha em outro lugar,
mesmo que não quisesse.
E finalmente a noite caiu como uma cortina negra. Então, após longas
horas diante de livros e cadernos, saí do quarto direto para o banheiro. Estava
distraída mexendo no celular quando trombei em algo quente. Levantei os olhos e
diante de mim estava um abdômen sarado, mas não aquela coisa toda exagerada,
era bem natural. E estava apenas de calça jeans. Olhei para cima e ele me
olhava ainda com a secando os cabelos com a toalha. Abaixei os olhos, novamente
tentando esconder meu rubor. Estava sendo bem difícil parecer indiferente
aquele homem. Fui rapidamente ao banheiro sem nem olhar para trás, mas senti
seus olhos grudados em mim.
Aguardem o capítulo 3!
nossa amei, bem contagiante , slá , amei *-*
ResponderExcluirporquenaoeumesma.blogspot.com
Obrigada Natali!! *-*
ExcluirAguarde os próximos capítulos!! ^.^
Kissus~