Esse é o penúltimo capítulo da história, então segurem o coração!
Capítulo 22~
O segui silenciosamente, mas muito nervosa. Fomos andando calmamente e então adentramos por um corredor banhado por portas em suas laterais e muito quentinho. Todas as portas continham uma plaquinha escrita em hangul, ou seja, eu não soube ler.
Ao final do corredor, ele abriu uma das portas e pediu que eu o esperasse do lado de fora enquanto ele falava com Junsu e, caso ele dissesse não me conhecer ou não quisesse falar comigo, eu partiria de lá mesmo.
Pude ouvir enquanto ambos conversavam em inglês.
- Como assim uma conhecida quer falar comigo? – Dizia Junsu.
- Ela apareceu enquanto eu encaminhava os equipamentos para dentro e disse lhe conhecer e precisar falar contigo. – Respondeu o rapaz.
- Mas eu não tenho... – uma pausa e – espera. Uma conhecida? Será que... – Disse Junsu em tom surpreso e, pela brecha da porta entreaberta, o vi levantando num salto na cadeira na qual aguardava a cabeleira e maquiadora. – Onde está ela?
- Está aí fora.
- Aqui? – Nesse momento, me ele olhou na direção da porta e me escondi atrás da parede, sem pensar. – Você a trouxe?
- Sim senhor, no entanto, se não quiser vê-la, a levo de volta imediatamente.
- Nessas ocasiões, você deveria falar em coreano. Por exemplo, se for quem estou pensando, ela entende inglês e...
- Com licença, o senhor continuar a falar em inglês. – advertiu o homem.
Junsu parou e sentou-se novamente e virou-se para o espelho.
- O.k, mande-a entrar, por favor. – e prosseguiu em coreano.
Assim que homem saiu, sorriu-me e disse:
- Entre.
Assenti e entrei cautelosamente. Ele estava com um roupão até o meio da perna, uma calça moletom e chinelos.
- Com licença. – Disse enquanto entrava.
Ele me olhou através do espelho e virou-se parecendo um pouco nervoso.
- Ali. – disse, com um sorriso acanhado. – Que bom vê-la novamente.
Então levantou-se e foi ao meu encontro, abraçando-me. Após alguns instantes, afastou-se meio envergonhado.
- Ahn, o que faz aqui? Achei que não quisesse me ver.
- Nunca disse isso. Na verdade vim justamente pra vê-lo. – Dei uma breve pausa para, caso ele quisesse, falar alguma coisa. Mas continuou calado. – Infelizmente não consegui ingressos dessa vez, por isso tive de entrar pela porta dos fundos. – Disse rindo. Ele também ria.
- Dessa vez? Você foi me ver em São Paulo?
- Sim, e foi uma experiência maravilhosa.
- Ah fico muito feliz que tenha gostado. – Ele continuava acanhado. Talvez fosse medo de estar confundindo as coisas, pensei. – Mas então, porque está aqui? Sei que disse que veio pra me ver, mas esse não foi seu objetivo principal, foi?
- Sim, é meu objetivo principal. Estava realmente com muita saudade e, após ler sua carta e saber que sente por mim o mesmo que sinto por você, eu...
- Você leu a carta e só por isso veio?
- Sim. Quer dizer, sim e não.
- Não entendi. – Disse ele coçando a cabeça, meio confuso.
Senti que sua mente estava começando regar algo nada bom, por isso tratei de dizer tudo logo de uma vez. Contei a ele sobre o show e sobre ter ido vê-lo por uma última vez, mas que, ao chegar em casa, encontrei a carta dele, onde ele me dizia ser um pop star,no entanto, naquele momento eu já estava ciente disso. Então fui ler as traduções das canções, porque haviam me dito serem perfeitas. – Foi ai que descobri que todas estavam relacionadas a mim. – Disse. E então, ao ler a carta que enviara a ele, descobri que estava equivocada, por isso, decidi ir atrás dele, pra desfazer o mal entendido e recuperar o tempo perdido.
Junsu permanecia de cabeça baixa, parecendo mastigar a informação. Após um tempo, olhou-me com os olhos marejados e me abraçou novamente, mas dessa vez, bem mais apertado e aconchegante.
Até que alguém abriu a porta.
- Err... Senhor? – Uma senhora colocou a cabeça para dentro e então nos afastamos rapidamente. – Ahn, desculpe interromper, o que quer que seja, é que precisamos começar prepará-lo ou não estará pronta a tempo.
Ele me olhou e fui saindo, no entanto, me segurou pela mão. Voltou-se para a mulher e disse:
- Aguarde apenas um momento. – E ela voltou a fechar a porta.
- Você vai estar no show dessa noite? – Perguntou-me.
- Bem, já disse que não consegui ingresso. Estavam todos esgot...
- Você não precisa disso. Sabe que é VIP. – Ele sorria, aquele sorriso perfeito do qual eu sentia tanta falta. – Se puder, fique aqui e assim que abrirem para o público, você entra e se junta a eles.
- Não, isso me parece injusto. Eles compraram seus ingressos e o conhecem há tanto tempo mais que eu e... – Ele colocou o indicador nos meus lábios, calando-me. Em seguida, inclinado como estava, aproximou-se um pouco mais e tocou meus lábios com os seus. Foi apenas um selinho, como dizem, mas foi tão bom que aquela corrente de energia correu por todo meu sistema nervoso e fiquei tensa. Minhas bochechas começaram queimar e virei-me rapidamente para que ele não notasse, sentando-me em um sofá de madeira que lá havia.
Pude vê-lo sorrir de satisfação ou felicidade, ou talvez os dois juntos. Então foi até a porta e a abriu, deixando que entrasse algumas pessoas para aprontá-lo para o show, que seria em algumas horas.
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