Yo, queridos!
Mais um capítulo saboroso para vocês.
Capítulo 18~
Meu aniversário estava próximo e com ele também minhas férias, tanto da faculdade como também do serviço (finalmente) e eu estava ansiosa por ter a oportunidade de ficar o dia inteiro longe do mundo exterior sem a necessidade de sorrir a todo o tempo, muitas vezes sem querer.
No domingo que antecedia as férias, enquanto rolava a seta do mouse na tela do computador entediante, uma publicação praticamente saltou diante dos meus olhos. Era um banner de divulgação de show. Na imagem um homem asiático com o cabelo suavemente azul com a franja acima dos olhos. E estes, contornados de preto. Usava um terno branco sem camisa por baixo e um brinco em cada orelha. Não daqueles brincos enormes e extravagantes, e sim um brinco pequeno, prata e com uma pedrinha preta no meio. Estava sentado seriamente em uma poltrona com um olhar matador.
No banner havia escrito, enorme, apenas uma data logo abaixo, próximo ao rodapé e esta era, coincidentemente ou não, a mesma do meu aniversário.
Esse mesmo homem parecia muito, demais mesmo, o Junsu, mas ao mesmo isso não parecia possível.
Abaixo, na descrição da imagem, dizia que haveria um show dele em São Paulo capital naquela data e o chamavam de “XIA”.
Fiquei paralisada e boquiaberta ante ao banner. O abri em tela inteira deixando enorme e então tive certeza de que era mesmo ele, diferente do que conhecera, no entanto ainda era ele, aquele por quem meu coração saltava de alegria.
Meu aniversário seria em uma semana, o que significava que o show também estava próximo e eu o queria de presente.
Busquei na internet locais de vendas de ingressos e quando finalmente encontrei, estava quase tudo esgotado. Por sorte (ou não) os esgotados eram também os mais caros e mais desejados (até mesmo por mim, claro). Esses também permitiam uma proximidade maior do palco e também de Junsu ou, como o chamavam, de XIA.
Fiquei surpresa na quantidade de fãs que possuía. E em como ousei me apaixonar por ele e ainda por cima pensar que poderia haver alguma chance de ficarmos juntos. Quanta insanidade.
Acabei por adquirir um ingresso que me possibilitava ficar em um local bem longe disso, no entanto eu seria capaz de vê-lo novamente, nem que fosse por uma última vez.
Meus pais não se oporam a isso, na verdade até me deram uma certa força. Fiquei imaginando se todos sabiam que ele era um cantor mega famoso ou se conseguira esconder isso de todos. Acabei me sentindo um pouco traída, mas achei melhor assim.
No site de vendas do ingresso dizia que o show era o primeiro de uma turnê de seu novo álbum “Forever You”, que iniciava na América Latina, passava pela América do Norte e terminava em Seul. Seriam três lugares no Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Nos outros países não me era importante.
Baixei o álbum e passei a semana inteira ouvindo. A voz dele era tão incrível, mais perfeita do que eu me lembrava e ouvi-lo no fone de ouvido era como ouvi-lo cantar ao meu ouvido e isso me alegrava porque podia senti-lo mais perto de mim. As músicas também eram maravilhosas, quase decorei todas elas naquela semana, mas não poderia dizer seus títulos, pois eram todas em hangul, aquelas escritas coreanas. E o mais perfeito: ele era o compositor de todas elas.
Por mais incrível que pudesse parecer, havia uma caravana para o show que saia da cidade vizinha. Fiquei pensando em como nenhuma fã apareceu quase quebrando a minha casa quando ele estava lá, ele estava tão perto delas afinal. Talvez elas não fossem tão malucas assim.
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