Livro: A lâmina da Assassina (Histórias do Trono de Vidro)
Autora:
Sarah J. Maas
Editora:
Galera Record
Sinopse: Conheça o caminho da assassina. Pavimentado com
sangue, lágrimas e suor. Implacável, sedutora, letal. Poucos conhecem seu
rosto, menos ainda sobrevivem à sua fúria. Não à toa Celaena Sardothian é
sinônimo de morte. Suas lâminas são certeiras, assim como seu estranho código
de honra e seu aguçado senso de justiça. Mas como uma menina, encontrada
agonizando pelo rei dos Assassinos de Adarlan, se tornaria a campeã do rei?
Disputada pelo capitão da guarda real e o próprio príncipe herdeiro? No centro
de intrigas políticas?
Acompanhe Celaena vencer um lorde pirata e toda
sua tripulação; o encontro como uma curandeira; seu treinamento com o Mestre
Mudo, senhor dos assassinos silenciosos, nas dunas do deserto Vermelho; a
prisão nas Minas de Sal de Endovier; ou, ainda, sua luta contra o mais
escorregadio e traiçoeiro dos adversários — o próprio coração.
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Triste.
Sublime.
Realista.
Isso define o livro
"A lâmina da Assassina".
Não precisou de nada mais
do que pertencer a trilogia Trono de Vidro e ter uma capa maravilhosamente
perfeita, para me fazer pagar R$ 45,00 por ele, na livraria Leitura do Shopping
Dom Pedro.
A lâmina da Assassina é
uma história que antecedo Trono de Vidro e conta a história de Celaena
Sardothien antes de ser levada para as minas de sal de Endovier.
Esse livro é separado por
cinco histórias que se completam em apenas uma:
A assassina e o Lorde Pirata
Na primeira história,
Celaena ainda é a protegida de Arobynn Hamel e tem a missão de ir até as Ilhas
Mortas para se encontrar com Rolfe, um lorde pirata, e lhe entregar um
pergaminho, de Arobynn.
Sam Cortland, outro
assassino da Guilda, é obrigado a acompanhá-la.
Celaena e Sam são
seguidamente, a melhor assassina de Adarlan e o segundo melhor. No começo da
história é visível que ambos se odeiam e brigam toda hora, às vezes é até
engraçado!
Preciso dizer que me
apaixonei por Sam e seu senso de humor afiado? HAHA
Não é explícito na
história, mas eu notei que em suas missões anteriores, Celaena sempre fora fiel
a Arobynn, obedecendo-o em tudo. Mas é nessa missão que ela começou a valorizar
mais seus valores de Terrasen (sua cidade natal) do que a fidelidade ao rei dos
Assassinos.
Esse é o começo de todos
os problemas (em alguns casos, soluções) de Celaena. E claro, de Sam também!
A assassina e a Curandeira
Essa foi a história que
menos me atraiu. Ela não é tão focada em Celaena, mas sim em Yrene, uma
curandeira que trabalha num bar chamado Porco Branco.
Na história anterior,
Celaena trai seu mentor Arobynn e ele fica tremendamente irritado e lhe dá uma
tremenda surra. Então, ele a obriga a ir para o deserto Vermelho, treinar com o
Mestre Mudo e conseguir uma carta de aprovação dele. Então, “A assassina e a
curandeira” foca no caminho que ela está levando até o deserto.
Yrene é uma garota que,
assim como Celaena, teve que fugir de sua cidade natal por culpa do Rei de
Adarlan e ela esconde seus dons enquanto tenta ajuntar algum dinheiro em Porco
Branco e seguir para Antica, um local intocado por Adarlan. Contudo, os
funcionários que trabalhavam junto com ela roubavam todo o seu dinheiro,
restando apenas o suficiente para sua sobrevivência ali, impossibilitando-a de
ir embora.
Numa noite, Yrene é salva
por Celaena que mostra todas as suas incríveis habilidades de luta.
Sam é quase sempre citado
em todos os pensamentos que Celaena tinha no decorrer dessa história (e também
na próxima: A assassina e o Deserto), sempre demonstrando o medo da assassina
sobre Arobynn ter feito algo contra ele.
A história não é tão
atrativa, mas notamos um coração na famosa assassina de Adarlan. Ela ajuda
Yrene, mesmo sendo rude com ela vez ou outra.
A assassina e o Deserto
Finalmente, a assassina
chega ao deserto Vermelho, apresentar-se ao Mestre Mudo. E ele realmente, assim
como boa parte dos assassinos silenciosos, são mudos! HAHA
Celaena então faz uma
primeira e nova amiga, chamada Ansel.
Como eu disse, a
assassina sempre lembra de Sam, até mesmo quando está prestes a beijar o belo
filho do Mestre Mudo...E amei ver a amizade, por vezes estranha, de Celaena e
Ansel e de como as duas conseguem criar um vínculo tão forte em tão pouco
tempo. Mas o final não é tão feliz como eu gostaria.
O incrível é que me
acostumei tanto com as escritas de autores de ação/aventura que eu previa muita
coisas no livro. Principalmente a surpresa da história de “A assassina e o
Deserto”.
"Se você aprende a suportar a dor, pode sobreviver a qualquer coisa. Algumas pessoas aprendem a acolhê-la, a amá-la. Algumas suportam a dor ao afogá-la em mágoa, ou ao se fazerem esquecer. Outras a transformam em raiva."
A assassina e o Submundo
Celaena volta com a carta
de aprovação do Mestre Mudo (que não foi fácil de conseguir!) e Arobynn a
recebe de forma calorosa, presenteando-a todos os dias com objetos caros e
luxuosos.
Às vezes até me
surpreendo de como a assassina pode ser tão inocente e cega com algumas
coisas... Me irritava quando ela acreditava cegamente no rei dos assassinos,
quando este a presenteava. Mas eu a entendia, pois Arobynn é o tipo de pessoa
que você nota que não presta desde o primeiro capítulo. Contudo, ele é
representado de uma forma tão magnífica, que mesmo sabendo que ele está
mentindo, algo no seu inconsciente faz acreditar em tudo o que ele diz...
Complicado, não? Só lendo
pra entender o que quero dizer.
Principalmente porque
criei um Arobynn como o Johnny Depp e simplesmente
perdoei ele de muita coisa no livro, menos na última história.
Celaena recebe a missão
de matar um homem que, segundo Arobynn, pretende fazer da nova ponte em
construção em Forte da Fenda, um caminho livre para a venda de escravos.
O livro nos faz notar,
principalmente nessa história que a garota nunca sabia o que Arobynn realmente
era para ela - pai, irmão ou amante -, mas descobrimos o que o próprio Arobynn
gostaria de ser, principalmente na próxima história.
A assassina e o Império
Na história anterior,
nosso shipp Samlaena finalmente floresce. O romance é distinto, calmo e às
vezes bem sutil.
Como definir Sam?
Sinceramente, eu não consigo... Ele foi tanta coisa... Digo, no começo era
fechado, rude e possuía um senso de humor afiado! Achei ele inocente também, em
alguns momentos de ciúmes de Celaena. No final do livro, notamos uma pessoa
disposta a fazer tudo para ver a amada assassina feliz e bem. Sam é mil
sentimentos misturados! O que faz com que todas torçam pelo casal.
CONTUDO, MAS, PORÉM,
TODAVIA... Quem leu Trono de Vidro, sabe que ela fala sobre Sam em alguns
momentos. Logo, algo acontece com ele.
Mas o quê?
Bem, o livro deixa muitos
buracos com coisas que já descobrimos no primeiro livro da Trilogia e outras que ainda iremos descobrir.
Sinceramente, o que mais
me afetou foi o fim de Celaena. Não o fato de que ela é levada até Endovier,
mas sim porque todas as suas promessas não foram sequer cumpridas!! Fiquei
triste em muitos momentos dessa última história, chegando a largar o livro pra
chorar.
Essa última história foi
suficiente para abalar todas as emoções seguradas no livro todo. Nela estão
contidas as três primeiras palavras que disse no começo da resenha: Triste,
Sublime e Realista.
Triste porque mesmo
desconfiando de algumas coisas, você fica pra baixo simplesmente pela forma
como o fato é descrito. Sublime porque as palavras da autora são escritas tão perfeitamente que temos um misto de emoções, como se fossemos uma parte de
Celaena. E Realista porque prova que nem todo final e feliz e nem todo vilão é vingado.
Esse livro superou Trono
de Vidro, que antes estava no meu ranking de “Livro mais preferido e amado do
mundo, forever and ever”. Bem, agora A lâmina da Assassina tomou seu posto.
Vale a pena ler! Me
empolguei, me emocionei e também quase joguei o livro pela janela do segundo
andar da minha empresa, na hora do almoço... MAS, é tão encantador que eu
poderia ler outras vezes (coisa que nunca fiz com livros...).
Kisses,
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