Ok, Ok! Sem mais blá blá blá, aí está o Oitavo Capítulo!
Capítulo 8
Passamos o dia em uma aula pra lá de hilária. Nunca pensara que seria
capaz de estar com ele, cheia de borboletas sambando no meu estômago, sendo tão
natural.
Em meio as aulas, percebi que ele se esforçava demais para falar
corretamente o idioma e que já estava melhor que da última vez que
conversávamos. Sem falar em seu sotaque mega sensual que somado ao seu olhar
meigo e sorriso fofo, tornava-o o cara mais “pegável” do mundo. Ou pelo menos
do meu mundo.
Eu vestia um shorts jeans com spikes nos bolsos e renda na barra,
blusinha roxa (sem decotão) e pantufas (as de pomo de ouro) e ele vestia uma
bermuda cinza, camiseta manga comprida gola ‘V’ com as mangas dobradas a altura
do cotovelo e estava descalço. Acho que tudo nele ficava incrível. Ou era eu
que o achava incrível com tudo. Mas isso não tem tanta relevância (OU TEM?).
Independente.
A tardezinha, fomos à cozinha e fizemos uma pequena lambança na hora de
prepararmos um lanche. Eu queria um lanche style comercial de apresuntado e ele
disse saber, no entanto estava enganado.
Após o lanche da tarde, voltamos a aula que prosseguiu com mais
seriedade. Seu sorriso sempre estampado e me elevando, mas estávamos,
finalmente, firmando uma amizade (pelo menos eu tentava pensar assim), apesar
de as vezes eu sentir muita (muita mesmo) vontade de abraçá-lo fortemente e
sentir seu coração batendo contra o peito na adrenalina da minha presença,
consegui manter o foco, deixando minhas vontades e ilusões em segundo plano.
Quando a noite chegou e já era hora de dormir, ele entregou-me um
envelope e pediu que apenas o abrisse segundos antes de me deitar. Senti uma
corrente de alegria e emoção correr meu corpo. Apenas sorri.
Guardei a carta em meu criado mudo e fui tomar um banho, a fim de sair
logo e poder saber o que estava escrito dentro daquele envelope.
Não me demorei muito no banho, meio descontrolada pela ansiedade.
Caminhei rapidamente para o quarto, poderia finalmente abrir o envelope. No
entanto, assim que o tomei em mãos, bateram de leve na porta. Olhei pelo vão
quebrado e não consegui reconhecer.
- Sim? – Disse torcendo que, quem quer que fosse, já tivesse ido embora.
- Já vai dormir? – Era Junsu.
Fui até a porta e abri.
- Sim, pretendo.
- Então... Já leu o conteúdo do envelope? – Ele parecia nervoso, de
cabeça baixa e quase sussurrando.
- Leria agora. Porque?
E então ele levantou a cabeça parecendo animado de repente.
- Não, é que eu te entregaria outra porque essa ai está errada. Te
entregaria a certa. – Fiquei meio desconfiada, semicerrando os olhos.
- Tem certeza? Essa me parece bem certa.
- Certeza absoluta! Por favor, devolva-me e pega essa. – e estendeu-me
um envelope idêntico ao que permanecia em minha mão. Cogitei um pouco na troca,
mas acabei cedendo.
Assim que encostei a porta (ou o que sobrou dela (meu pai dissera que a
trocaria no dia seguinte)), sentei-me na cama para ler sem parar de pensar na
outra.
"Ali,
Agradeço-lhe pelo dia.
Estou certo de que suas aulas são melhores que as do curso, e devo
confessar que desejaria trocar, se assim fosse possível, e tê-las apenas com
você. Você me ensinou muita coisa, de verdade.
Espero que tenha gostado do dia tanto quanto eu e que, em breve,
possamos repetir.
Tenha uma ótima noite e até um outro dia (que, espero, não demore
muito).
Kim Junsu."
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