Mais um capítulo e uma foto desse lindo Junsu!
Capítulo 9~
Eu queria muito que aquela carta demonstrasse algum sentimento, mas não
havia nada concreto, apenas palavras soltas com múltiplos sentidos que pareciam
ter sido escritas aleatoriamente sem tal intenção, o que me fez crer que eu
estava “viajando”.
Isso acabou me decepcionando e me entristecendo e, por mais que eu
tentasse esquecer tudo aquilo, não fui capaz. E com uma turbulência mental,
adormeci.
Sonhei que ele descobrira meus sentimentos ocultos e dizia ter alguém
esperando por ele na Coréia e que NUNCA (ele enfatizou mesmo essa palavra)
poderíamos ter algum relacionamento além da amizade. Eu me esforçava para não
chorar, mas as lágrimas escapavam de meu controle e ele me dizia apenas: “Adeus
Ali.” e ia embora.
Acordei assustada e tais palavras ecoavam em minha mente. Sua voz
tristonha e seu olhar apagado, não conseguia desviar-me deles. Levantei-me para
lavar o rosto e, meio sem pensar, abri cautelosamente a porta de seu quarto,
sem dúvida tentanto me certificar de que permanecia ali.
A janela estava aberta e um ar fresco tomava o quarto. A luz da rua
deixava o lugar meio iluminado e pude vê-lo deitado de qualquer jeito, vestindo
uma calça de pijama e sem camisa. Seu rosto sereno transmitia a sensação de
sempre tê-lo visto ali.
Fechei a porta e sentei-me a frente dela abraçando meus joelhos,
observando-o.
Quando abri os olhos, Junsu chacoalhava-me os ombros tentando me
acordar.
-Ali!
- Ahn?
- Ali, você está bem? O que faz no meu quarto?
- Você... Vai embora...?!! – Disse ainda confusa entre sonho e realidade.
- Ahn? De onde tirou isso? – Nesse momento levei um susto e acordei,
percebendo o que acabara de dizer.
- Ahh, eu... Euuu... Me desculpe. – Senti minhas bochechas queimarem e
baixei os olhos, envergonhada com minha falta de noção.
- Vai me dizer o que está acontecendo? – Estava obviamente preocupado,
mas eu não queria dizer, mesmo assim algumas palavras saíram contra minha
vontade.
- Estou com medo. – Quase sussurrei.
- Medo de que? – Fiquei em silêncio. – e porque não me acordou?
-Eu não queria acordá-lo. Meus medos são problema meu e devo enfiar as
pessoas nisso. – dizendo isso, saí correndo.
Sei que fui meio arrogante, mas não pude evitar, era necessário para não
dizer-lhe do que eu tinha medo.
Tentei sair sem ser notada, no entanto ele estava a porta do quarto.
- Ali. – Virei-me para olhá-lo. – Quando precisar, pode contar comigo. –
Parecia triste. – Tenha um bom dia.
Apenas assenti com a cabeça e saí.
Passei o dia pensando
naquele sonho e em quando ele, provavelmente, se tornaria real.
Até o próximo capítulo!
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